sábado, 1 de maio de 2010

A barreira na Maratona


Amanhã acontece a XVI MARATONA INTERNACIONAL DE SÃO PAULO será realizada no dia 2 de maio de 2010, com a LARGADA na Avenida Jornalista Roberto Marinho (Ponte Estaiada) e CHEGADA no Monumento Obelisco, no Ibirapuera.


Dois amigos daqui de Ubatuba participará da maratona, Joaquim Treinado por mim, fará sua 5ª maratona e But correrá os 25km da prova, pensando neles amnhã resolvi escrever sobre as dificuldades dessa prova em sua totalidade e sua barreira principal, mas será que ela existe? Por que sempre o último terço da maratona é mais difícil?


Gostaria de expor que acredito na sobrecarga de uma maratona, no cansaço natural do organismo numa prova longa, mas principalmente, em algum detalhe despercebido ou feito equivocadamente na corrida dos maratonistas que retratam demasiadamente essa barreira.

Posso citar algumas observações práticas:

• Ritmo da prova: muitas vezes o maratonista se vê com um tempo por km na cabeça, mas se esquece de se atentar no relevo desse trecho da prova, ou seja, se é plano, subida ou descida. Para se estipular com sucesso um tempo bastante racional, é necessário se perceber a dificuldade do relevo, e dessa forma, programar de forma adequada esse tempo.

• Suplementação: É importante o organismo ser suplementado durante a prova, porém, a absorção e a eficiência desse suplemento dependerão de um uso habitual do atleta em ingerí-los, principalmente em situações parecidas, como treinos longos ou intensos. Inventar na hora da prova, pode ser um risco desnecessário a quem procura uma boa performance.

• Parte Psicológica: Tem um papel decisivo na performance. Independente do nível do atleta, a prova terá altos e baixos de níveis de motivação. Poder equilibrar a cabeça, e correr com inteligência, fará a diferença no final.

• Lastro de Treinamento: O iniciante peca pelo desconhecido, pela ansiedade em terminar, por desacreditar no cansaço final da prova. Ser cauteloso, diminuir a cobrança de tempo, e aumentar a cobrança pelo bem estar, é o melhor caminho. Já os atletas intermediários e avançados, pecam por colocar uma intensidade acima do que estão preparados. Forçam demais no começo, e se prejudicam significativamente no resultado final da prova. Um bom maratonista, é um bom estrategista. Ser racional, é tirar proveito da emoção, é algo que trará inúmeros benefícios.

Desenvolvo e valorizo a competitividade. A única coisa é que temos os momentos certos para atacar ou recuar na prova. Quem consegue administrar isso da maneira correta, sempre se dá melhor.

• Variáveis Intervenientes: Não depende do treinamento. Sol, chuva, umidade relativa do ar, largada, hidratação, público, conduta dos adversários, etc... São fatores que o bom senso e as experiências anteriores terão influência direta sobre a conduta correta.

Depois de colocado esses itens para serem questionados durante uma maratona, pergunto:


Será que existe a barreira?

Com certeza, existe uma dificuldade do organismo em suportar uma alta exigência de performance quanto à intensidade e volume. Ela irá aparecer, portanto para todos e será maior para aqueles que desrespeitam os itens mencionados acima, e menor, para aqueles que de certa forma, conseguem correr a prova com mais consciência, respeitando seus limites, e potencializando sua competitividade.

Boa Sorte a Joaquim e But e que vsc terminem a prova sem perceber a tal bareira, se é que ela existe.

Abraço e bons treinos..

Jarrão
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